Junk Feelings

                              

Tem  dias que um belo “Que se dane tudo isso” se encaixa tão bem.
                Mas tem dias que caio de joelhos e pergunto “Why God, why me?”. 

É nessa inconstância e no meio de olhares  curiosos que eu mando meio mundo para os quintos. E me pergunto porque dias tão cruéis se acomodam  em mim.  E eu choro. Me revolto, e não ligo, e não esboço. Um sorriso, um qualquer. E me despedaço em pedaços , em tantos.. Ahh pedaços...

Mas como dizem. Quem foi mesmo que disse? 

                  “Pense positivo! O que você atrai é o que você vai ter!”

 E mesmo acreditando na possibilidade.Tem dias que...  se dane os pensamentos, e eu, e sentimentos,  e dane-se essa tal da atração. Eu estou puxando todos os maus agouros para a minha orbita. E estou  cagando e andando para  a minha falta de sorte.

                                                      Ops! Eu falei cagando? 

Sorry!   A expressão mais adequada seria Pudim?  
Ah e o pudim, o chocolate e o salgado da esquina. Eu como mesmo. Impiedosamente, me alimento de todos os junks, mesmo sabendo que o resultado será uma orca branca que se despedaça  e pudim  anda pra isso.
Aí que as vezes eu penso em pedir para aquele  "Deus grego"  fingir que me curte. Assim eu paro de comer e troco os 20kg da minha bunda por uma  paixonite aguda!
E aí que eu não pedi, e continuo com a bunda, com a gordura e a orbita de merd.. ao meu redor. Mesmo sabendo que a causa sou eu. Mas eu adoro um drama, adoro um “Que” de chororô , o tal de melodrô.  O racional e o ideal é tão sem sal, tão aspartame, ricota fat low.  Eu gosto do doce e do amargo , e da gordura  borbulhante trans do sentimento over e dos infartos sentimentais.

                                                 Eu quero a obesidade do coração.

Enquanto eu não acho, eu chego mais perto da obesidade de fato, a real!.

Você respira o mesmo ar que respiro?

                                                Você respira o mesmo ar que respiro?

Ou apenas se deixa sufocar tentando se matar nesse mundo vermelho e rosa totalmente insano? Eu te pergunto se você se vê ao olhar no espelho ou se tem consciência de sua existência. 

                                                  Você simplesmente não ouviu!

Gritei e pedi que entendesse, mas você e ele são um. Nada mais importa, porque o mundo é você, e ele é o seu mundo.
                                                               BUT DEAR!

 Não se engane, pois você pode até parecer ser tudo. Mas quem  tudo tem, sempre quer mais.  E quando você esgotar  todo esse charme e a sua presença se tornar comum e um tanto quanto maçante. O seu mundo. O que você criou.  Ele e você!

                                                                  MORRE.

E aí o que te sobra? O que você tem? Quem é você, além de alguém que morreu?    

E pode gritar meu amor. 
                                                       Ninguém  vai te ouvir!

Nesse seu mundo sem ar, o som não propaga.... E você terá que aprender a viver a dois novamente.
                                              
                                               Você e morte, a morte e você!

FOTO: DANIEL PEDROGAM

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Não mais!

                             
"Tão mais fácil ser mais tranqüila e lúcida, as vezes."

Admito que por muito desconsidero a razão que deveria ser inerente a mim e deixo que a babaquice do meu coração extremamente figurativo me tome. 

                                                                  Mas não mais! 

Por hoje, eu vivo agora. Por hoje sou apenas uma mulher sem espaço para corações figurativos e babaquices desnecessárias. Por hoje me contento apenas com o sorriso que esboço ao ver os olhos bondosos daquele homem.  E me saturo com tantas outras bobagens tão necessárias que estoco e procuro desesperadamente por mais.

Porque aqui. Nessa mulher. Não cabe mais um coração! 

                                                   Não cabe mais tanta idiotisse...

SILÊNCIO!!!

SHIIIIIIIIIIIIIU ...

SILÊNCIO!
De longe se ouve as gargalhadas da plateia que assiste a garota abobalhada ... E o show começa!

Ele chegava e ela sorria. Flutuava em sua cadeira com as possibilidades impossíveis. E ele sorria também – blackout - quem era e o que fazia. Tudo se perdia.  Uma amnésia TÃO boa – ela pensava.

Pensava apenas quando ausência. Sentia o coração calmo, podia sentir o pulsar, o que era um alívio. Sua presença provocava pequenos infartos e provavelmente alguns derrames seguidos de morte.

Menina tola, suspirar por Platão ou seria por platônico que era?

Não era amor. Ela sabia como o amor deveria ser e talvez não fosse paixão. Um DESEJO LOUCO era o sentimento mais correto.

                                                           LOUCA!  (GRITOS)

Ela queria  beija-lo, queria beija-lo naquela sala, naquela mesa. Queria ter longas conversar com aquele sujeito que julgava apenas pelo o olhar possuir um bondade sem precedentes. Queria ter dito parabéns em seu aniversário e o convidado para o jantar.

                                                           Um abraço.Talvez?

Mas não conseguia. Sufocava com suas palavras e perdia o rumo. Pensou em demonstrar – Quem sabe? Pode ser recíproco – ela se dizia..

Sonho dela.. Ahhh (suspiros) .. Afinal, o que faria alguém se interessar por aquela formiguinha?

E assim, ela nunca se manifestou. Um grito se quer. Um gesto que fosse. Não tivera coragem de descobrir a verdade. Se é que havia uma!

Então aprendeu a viver morrendo diariamente, suspirando por Platão  e desejando loucamente pelos lábios de alguém que nunca a tocaram(ão)

            “ Ai se ele me desse bola. Meu Deus... Eu juro que largava até a Coca-Cola”

Sentir é vida!

Tem horas que a gente desisti. Desisti até mesmo de sentir!

Você tenta se prender a sentimentos.Se agarra bravamente, como se fosse motivo de orgulho. Porque isso é a vida. 

É viver!

 É a dor. O sorriso enganado, a esperança e o tolo amor amante.O conforto amor família, lagrima que brilha, enaltece e esmorece.

Sentir é vida!

Mas a vida dói às vezes, então morro por alguns minutos, talvez segundos, e sobrevivo  com uma meia vida. Um zumbi escravo da rotina infinita de ser.

Triste?

Pois não acho. Triste só é mais uma palavra inventada e com muitos significados o qual não defino como parte do meu ser.

Eu sou ausência de vida, porque as vezes só na morte se tem a oportunidade de viver.

E há quem nunca viveu e não sabe que morreu antes mesmo de sentir o vermelho quente pulsar entre suas entranhas.

A gente quando é feliz esquece como é ser triste. Sentimento é assim, a gente guarda dentro de si, uma caixinha dentro da outra, e da outra, e da outra ...