sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SILÊNCIO!!!


SHIIIIIIIIIIIIIU ...
SILÊNCIO!
De longe se ouve as gargalhadas da plateia que assiste a garota abobalhada ... E o show começa!

Ele chegava e ela sorria. Flutuava em sua cadeira com as possibilidades impossíveis. E ele sorria também – blackout - quem era e o que fazia. Tudo se perdia.  Uma amnésia TÃO boa – ela pensava.
Pensava apenas quando ausência. Sentia o coração calmo, podia sentir o pulsar, o que era um alívio. Sua presença provocava pequenos infartos e provavelmente alguns derrames seguidos de morte.

Menina tola, suspirar por Platão ou seria por platônico que era?

Não era amor. Ela sabia como o amor deveria ser e talvez não fosse paixão. Um DESEJO LOUCO era o sentimento mais correto.

                                                           LOUCA!  (GRITOS)

Ela queria  beija-lo, queria beija-lo naquela sala, naquela mesa. Queria ter longas conversar com aquele sujeito que julgava apenas pelo o olhar possuir um bondade sem precedentes. Queria ter dito parabéns em seu aniversário e o convidado para o jantar.
                                                           Um abraço.Talvez?
Mas não conseguia. Sufocava com suas palavras e perdia o rumo. Pensou em demonstrar – Quem sabe? Pode ser recíproco – ela se dizia..

Sonho dela.. Ahhh (suspiros) .. Afinal, o que faria alguém se interessar por aquela formiguinha?

E assim, ela nunca se manifestou. Um grito se quer. Um gesto que fosse. Não tivera coragem de descobrir a verdade. Se é que havia uma!

Então aprendeu a viver morrendo diariamente, suspirando por Platão  e desejando loucamente pelos lábios de alguém que nunca a tocaram(ão)

            “ Ai se ele me desse bola. Meu Deus... Eu juro que largava até a Coca-Cola”

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